A propósito de um post no blog Pipoco mais Salgado sobre impressionar as mulheres, lembrei-me de uma história. Curta e já de há muito tempo.
Há uns anos atrás, estava eu no Brasil, na cidade maravilhosa, numa das melhores férias que já tive em toda a minha vida.
Durante TRÊS semanas(sim, leram bem: três semanas) foi só praia, viajar, caipirinhas, dançar e conhecer pessoas novas, giras, interessantes de quase todo o mundo.
Numa das saídas à noite, no Democráticos (um bar na Lapa fantástico, com uma banda ao vivo e onde os rapazes/homens vão convidar as senhoras para dançar, o que nos deu oportunidade para aprender a dançar realmente e para conhecer rapazes interessantes ou outros que nem tanto), um rapaz brasileiro, lindo de morrer(juro que era mesmo uma brasa!) veio ter comigo e pediu-me para dançar. Ora, se a atracção física entre nós já se tinha mostrado desde o início da noite com troca de olhares matadores, mais intenso ficou com a maneira como ele me pegava, como me fazia deslizar nos seus braços, enquanto a música nos embalava de forma ardente(hot, hot, porque estava mesmo calor lá dentro).
De vez em quando, enquanto dançavamos, ele ia dizendo coisas ao meu ouvido. Disse o nome, fez perguntas, falou sobre tudo e mais alguma coisa. E no meio de tanta intensidade entre nós, ele começa a falar-me ao ouvido do Primo Basílio de Eça de Queirós.
Senti-me horrível, mesmo pequenina por nunca ter lido o livro e por não saber quem eram as personagens de quem estava a falar e a quem nos estava a comparar.
Dito e feito.
Quando cheguei a Portugal, o primeiro livro que li depois dessas férias, foi, exactamente, o Primo Basílio.
Hoje é dos meus livros preferidos.
Moral da história:
Provavelmente nem ele tinha lido o livro e se calhar nem era tão interessante quanto parecia, mas o que permanece é a memória desse momento e o facto de ter lido o Primo Basílio por causa de um rapaz brasileiro.
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| Fotografia tirada nesta viagem |
Recadinhos:
Mr. Big, isto foi só uma história que aconteceu num tempo em que, apesar de já te conhecer, ainda não sabia que eras o meu amor.
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